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Mitos de Verdade (III): Jürgen Habermas

  • Autorenbild: Fabio Monteiro
    Fabio Monteiro
  • 2. Mai 2021
  • 1 Min. Lesezeit

Foto: Oliver Berg/Picture Alliance/dpa


Entre os tantos prêmios e condecorações que recebeu Jürgen Habermas, 91 anos, o maior filósofo e sociólogo alemão vivo, o último deles seria o “Sheyk Zayed Book Award”, um prêmio literário para a personalidade cultural do ano: 225 mil euros. O pensador emérito ficou muito contente pela lembrança e anunciou que aceitaria com prazer mais esse galardão.


No entanto, alguns órgãos da imprensa alemã, entre eles a revista Der Spiegel, lembrou que o Xeque Zayed, o patrono do prêmio, é um governante autocrático de Abu Dhabi, a capital dos Emiratos Árabes Unidos, cujo sistema político é opressor, antidemocrático e oligárquico:


Mohammed bin Zayed (Foto Roslan Rahman/AFP)


Habermas não pensou duas vezes: voltou atrás e declarou que não receberá o prêmio. Na sua justificativa, ele escreveu que essas informações e argumentos eram novos pra ele, e que desconhecia a estreita ligação entre o prêmio e o sistema político vigente no emirado. E também que não queria fazer parte da propaganda que disfarçasse um regime autoritário.


No último parágrafo da crítica do Spiegel, lia-se que, em geral, no conflito entre o poder e o espírito, o poder sai ganhando. Habermas acrescentou: “A curto prazo, isso pode ser verdade. Mas a longo prazo, confio no poder da palavra crítica, quando ela vem à luz pública. Por isso, sou grato pela existência de traduções ao árabe de meus livros.”

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