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AutorenbildFabio Monteiro

Carimbologia imperial: um desafio


Carta (...) da Provincia do Gram-Pará 1850


Os mais adiantados filatelistas interessados em carimbologia imperial costumam dar prioridade ao seu estado natal: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, etc. Mas já Reinhold Koester sabia que difíceis mesmo de se arranjar são os carimbos antigos do Norte, Centro-Oeste ou do sertão nordestino. Alguém já viu um carimbo de Villa Bella da Imperatriz (AM), Registro do Rio Grande (MT) ou Pedro Segundo (PI)?


As razões para essa raridade são fáceis de se enumerar. Uma estrutura postal muito precária, a ainda maior porcentagem de analfabetos nos confins do Império, o clima e o descaso que destroem papéis em geral e cartas seladas em particular. Além disso, grande parte da correspondência, na época, tinha destinação local ou regional. Uma ínfima quantidade do pequeno volume postal saiu de lá.


Para ilustrar essa situação, aqui vai uma tabela dos rendimentos das agências postais do Pará entre 1877 e 1880, conforme publicado no Relatório do Presidente da Província de fevereiro de 1881:


Relatório do Presidente da Província, fevereiro 1881, p. 93


Entre tantos números heterogêneos, chama logo a atenção a agência de Acará, que no exercício de 1878-79 teve 1$000 réis de renda (bruta ou líquida, não se sabe ao certo). Isso correspondia, na época, ao porte de 10 cartas nacionais de meia onça. Durante um ano inteiro. Agora tentem arranjar uma carta imperial de lá.

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2 Comments


joserenatoc
joserenatoc
Mar 21, 2021

Com certeza o Fuad deve ter uma de cada localidade... kkkkkk

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Fabio Monteiro
Fabio Monteiro
Mar 21, 2021
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Pois é, José Renato, o Fuad Ferreira Fo. tem muitos carimbos raríssimos e surpreendentes. Mas aqui a parada é dura...

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