O impossível ... acontece! (II)

Onde o fragmento foi encontrado

E aqui temos o final da incrível história do domingo passado.

Nos grupos de Whatsapp com o link da postagem, houve alguns comentários bem pertinentes que nos convenceram de que o fragmento não podia ser da chapa de impressão original do selo de Wandelkolk de 1906 (RHM 139, Michel 166). Em detalhes:

- nas fotos é possível ver a perfuração do selo na borda. Em uma chapa de impressão da ABN é claro que não havia traços de perfurações. Elas só foram feitas mais tarde, após a impressão, por perfuradoras nas folhas do selo.

perfurações na chapa...

- A perfuração é diferente da perfuração original (aqui: 12).

- Os zeros do número 100 em sua descoberta também são diferentes dos do selo.

Se o fragmento não puder ser um fragmento da chapa original, resta a pergunta: de onde ele veio? Ainda não sabemos. O que é certo é que não se trata de uma reimpressão nem de uma falsificação, devido às perfurações visíveis. Uma produção para um catálogo também está fora de questão, pelo mesmo motivo.

Por fim, a boa notícia: um leitor, ciente dos dados mencionados acima, mesmo assim adquiriu o fragmento. Ele vai relatar a história no seu site, quem sabe com novos detalhes, e ela também será publicada no próximo boletim da ArGe-Brasilien, que sai em julho próximo.

Com agradecimentos especiais a Roberto Eissler, Antonio Hartz, Henrique Cruz e Cezar Guto Paulo, que muito ajudaram a elucidar essa parte do problema.