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AutorenbildFabio Monteiro

Notas Preliminares

Aktualisiert: 1. März 2020


Conforme anunciado na edição impressa, começa aqui a publicação de informações adicionais para a continuação da Carimbologia do Brasil Clássico, a partir da letra Q, em atualizações regulares. Somos gratos desde agora por eventuais correções e observações dos leitores, a serem comunicadas a jm-karlsruhe@web.de



Distribuição exclusiva no Brasil: filatelicajunges.com.br



O que se encontra no livro. Está exposto no prefácio e no “modo de usar” (em português, nas páginas 4-5). Cada localidade (ou estação ferroviária) com agência postal é listada com a respectiva província imperial e um código de identificação. Este é composto de três letras e quatro algarismos. As três letras se formam da inicial toponímica e da abreviatura da província, enquanto os algarismos correspondem, em regra, aos quatro últimos algarismos da respectiva agência conforme a “Lista de Carimbos Postais do Império do Brasil” (Wittig & Wittig, Lohmar, 2016). O mesmo código de identificação é utilizado para diferenciar os carimbos provenientes da cada agência, desta vez acompanhado por letras minúsculas (a, b, c, etc). Assim, cada carimbo estará diretamente ligado a sua agência classificada neste livro e também à lista de Wittig & Wittig.


Além da denominação toponímica segundo o carimbo, apresentam-se também outros nomes que as localidades (ou estações ferroviárias) porventura receberam, bem como referências à obra de Koester (Carimbologia do Brasil Clássico, letras A-P, Rio de Janeiro/Lohmar, 1961-1992), onde carimbos da respectiva agência já foram apresentados sob aqueles outros topônimos.


Sempre que possível, cada localidade ou estação é acompanhada por um pequeno mapa da época, onde se pode ter uma ideia de sua localização mais exata (em geral, através de uma elipse avermelhada).


As imagens dos selos foram quase sempre manipuladas, a fim de proporcionar maior nitidez ao carimbo em questão. Isso significa que cores, dimensões, etc. podem divergir do original. Por outro lado, tratamos de reproduzir cada imagem de carimbo com a maior fidelidade possível, ao contrário de outras obras que contêm, aqui e ali, algumas alterações propositais nas imagens dos carimbos, a fim de combater falsificações. Aqui é preciso admitir que nem todas as imagens possuem a melhor nitidez, uma vez que a qualidade das fontes varia.


Além do respectivo código, cada carimbo apresenta a abreviatura de seu fornecedor e seu período de utilização. Em geral, as indicações dos anos de utilização provêm do banco de imagens, e serão tanto mais exatas quanto mais exemplares do mesmo carimbo puderam ser examinados. Na falta de mais exemplares, apresenta-se apenas um ano, às vezes acompanhado de abreviações (?, ff, etc.).


As datas mais relevantes da história de cada localidade são listadas cronologicamente, sempre que possível acompanhadas pelo dispositivo legal referente (alvará, lei, decreto-lei, etc.). Essas mudanças no nome ou status da localidade refletem-se com freqüência nos carimbos postais. Já as datas de estações ferroviárias podem significar tanto sua inauguração oficial quanto o início efetivo de suas operações. O mesmo ocorre com as datas de agências postais: muitas vezes é conhecida apenas a data da portaria oficial que criou uma agência, e podia transcorrer um bom tempo até esta começar a operar.


Os dados sobre a população de cada localidade provêm em geral do Guia Postal do Império de 1880 e do IBGE (estimativas para 2018 ou 2019). Esses dados são relevantes por mostrar o crescimento (ou encolhimento) do local durante o período. Mas indicam, indiretamente, a raridade dos carimbos daquela localidade. Se considerarmos a alta taxa de analfabetismo do Brasil imperial (em média uns 80 % da população, na zona rural ainda maior), um vilarejo de mil habitantes certamente não teve grande movimento postal; seus carimbos serão mais raros, portanto.


O que não se encontra no livro. Não há dados sobre cores, carimbos mudos, cotações ou preços que determinados carimbos atingiram em leilões. Todavia, esses dados aparecerão esporadicamente por aqui, sempre que uma informação pertinente for confirmada. Com relação a cores, é preciso lembrar que ainda não há um padrão de definição delas, nem na filatelia brasileira, nem entre os catálogos internacionais. Assim, uma mesma cor pode receber diversos tons, de acordo com quem a descreve. Além disso, convem ressaltar que é muito fácil, com os dispositivos técnicos de hoje, alterar a cor ou sua tonalidade de qualquer imagem, carimbo ou selo, numa postagem via internet.


Agradecimentos. Este trabalho não teria sido possível sem o exemplo dado pelo seu iniciador Reinhold Koester (1911-1994), que a partir de 1961, com os parcos recursos técnicos de que dispunha, começou a mapear a carimbologia imperial brasileira nas páginas do Brasil Filatélico, do Clube Filatélico do Brasil (RJ) até sua morte, após completar a letra P. Antes de Koester, Francisco da Nova Monteiro (SPP) já publicara suas listas de Administrações e Agências Postaes do Brasil Império (Brasil Filatélico, 1934-5), e Paulo Ayres, seu Catálogo de Carimbos (Brasil-Império) em São Paulo em 1937. Depois dele, Karlheinz Wittig publicou na ArGe-Brasilien (Grupo de Estudos sobre Filatelia Brasileira, na Alemanha) sua Lista de Agências Postais no Império do Brasil em 1983, com Dieter Kerkhoff, cuja segunda edição (com Barbara Wittig, 2016) foi rebatizada como Lista de Carimbos Postais no Império do Brasil. Mais recentemente, José Francisco de Paula Sobrinho compilou uma excelente História Postal de Minas Gerais (Belo Horizonte, 1997).

Além desses pioneiros, é forçoso lembrar o trabalho admirável – e gratuitamente disponível na internet - de Paulo Novaes sobre a carimbologia e história postal nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (agenciaspostais.com.br), e de Ralph M. Giesbrecht sobre a história ferroviária brasileira (estacoesferroviarias.com.br).


Fora da literatura, foi necessário criar um banco de imagens, e aqui cumpre agradecer a todos os que colaboraram para tanto. Em primeiro lugar, e em nome de todos os outros, ao filatelista e comerciante José A. Junges, que generosamente disponibilizou as imagens de sua imensa coleção de carimbos imperiais, adquiridos durante mais de 30 anos e contendo, em parte, o acervo original de Koester. Ele tem bons motivos para se considerar co-autor desta obra. Mas tantos outros filatelistas, no Brasil e exterior, também ajudaram, com imagens, informações, correções e críticas, a melhorar o resultado final. Num momento em que a filatelia torna-se um nicho para uma minoria interessada na história e na cultura do país, o engajamento de cada um deles contribui para mantê-las vivas e ativas. A todos, portanto, meu muito obrigado.


Fabio Monteiro, Karlsruhe, 23/11/2019





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