Carta da Republica dos Estados Unidos do Brazil, 1892
O Rio das Mortes aqui não é o famoso que desce do Mato Grosso em direção ao Araguaia, nem o do filme de R. W. Fassbinder de 1971. Ele é antes um pequeno rio para os padrões brasileiros, com menos de 300 km de extensão. Nasce na Serra da Mantiqueira, ao sul de Minas Gerais, e corre para oeste até encontrar a represa de Furnas, perto de Ijaci. Apesar de ter sido o cenário da Guerra dos Emboabas (1707-1709), seu nome tenebroso vem das muitas mortes ocorridas no final do século 17, quando os viajantes que não queriam pagar o pedágio morriam afogados ao tentar atravessar o rio a nado. (Wikipédia)
A estação do Rio das Mortes foi inaugurada em maio de 1887 pela E. F. Oeste de Minas, na Linha do Paraopeba, e na época localizava-se no município de São João d’El Rey. Em 1908, o nome de estação foi mudado para João Pinheiro, homenageando o famoso político mineiro. De 1931 a 1965 a linha ferroviária pertenceu à Rede Mineira de Viação. Desde 1943 a estação passou a se chamar Congo Fino, um nome africano dado a um subúrbio do atual município de Conceição da Barra de Minas. De 1965 a 1975, a ferrovia passou para a Viação Férrea Centro-Oeste, e depois, para a Rede Ferroviária Federal S.A. até o fim das operações, em 1984. Hoje o prédio da estação está demolido, e os trilhos, arrancados. (estacoesferroviarias.com.br)
Segundo conta Paula Sobrinho (História Postal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 1997), a agência postal da estação foi criada em dezembro de 1887. O primeiro agente foi nomeado no mesmo mês, conforme informa a imprensa mineira:
A Provincia de Minas, 5 de janeiro de 1888
Conhecemos um carimbo imperial: RMG-2120a (Col. José A. Junges) tem um duplo círculo com as inscrições EST. DO RIO DAS MORTES acima e (MINAS) abaixo, com a data no centro. Os exemplares encontrados têm datas de 1887 a 1902. No início da república o miolo do carimbo também aparece em preto, como um carimbo mudo.
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