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AutorenbildFabio Monteiro

REMANSO DE PILÃO ARCADO, Bahia (RBA-0800)


Atlas do Imperio do Brasil, 1868


Ver também: Pilão Arcado (R. Koester, Carimbologia XXXI)

O nome estranho dessa cidade histórica baiana já deu margem a muitas tentativas de explicação. O IBGE p.ex. cita uma antiga lenda, pela qual teria sido encontrado um pilão indígena curvo à beira de um trecho onde o São Francisco corria muito lento.

Mas ainda hoje a história do atual Remanso, que se tornou vila e município já em 1857 e cidade a partir de 1900, provoca alguma confusão. Pois há ainda, alguns quilômetros rio acima, a cidade de Pilão Arcado, também antiga e hoje sede municipal. Ambas localidades eram originalmente distritos de Xique-Xique e Juazeiro. Pilão Arcado emancipou-se por primeiro, já em 1810. Mas quando da emancipação de Remanso em 1857, este tomou Pilão Arcado como distrito, mantendo-o assim até 1890.

Em 1976, durante a ditadura militar, a nova Barragem de Sobradinho, no Rio São Francisco, inundou diversas cidades históricas da região: Remanso, Pilão Arcado, Casa Nova e Sento Sé, forçando-as a serem reconstruídas além da zona inundada.

Ao que parece, tanto Pilão Arcado quanto Remanso ganharam suas agências postais no mesmo ano, uma vez que Koester apontou 1875 como o ano da criação da agência de Pilão Arcado, enquanto o geoverno baiano, em seu relatório para 1876, anunciara uma nova agência em Remanso:


Relatório do Conselho Interino do Governo da Bahia, 1876


Como até agora nenhum carimbo imperial para Remanso foi encontrado, é possível que ambas agências tenham sido uma só, uma vez que, nos anos em questão (1875-6), ambas localidades ainda estavam administrativamente unificadas.

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