MAROIM, Sergipe (MSE-0115)

Villiers de l'Ile Adam: Carta (...) das Provincias de Pernambuco, Alagoas e Sergipe, 1848

Texto atualizado em 01.08.2025

Maruí ou Maruim é o nome do mosquito-pólvora (Culicoides sonorensis) em tupi. Trata-se de um pequeno representante da família Ceratopogonidae, que se alimenta de sangue e é temido em todo o Brasil por suas picadas, que causam forte coceira.

Culicoides sonorensis (Wikipedia)

Desde fevereiro de 1835, existia a Vila de Santo Antonio do Maroim, na margem leste do Ganhamoroba, 30 quilômetros ao norte da futura capital provincial, Aracaju. O povoado surgiu a partir de um engenho de cana-de-açúcar, o Engenho de Maruim de Baixo. Em janeiro de 1837, foi criada também a Freguesia de Senhor Bom Jesus dos Passos de Maruim, que tem status de cidade desde maio de 1854.

Nova Monteiro escreve em Administrações e Agencias Postaes do Brasil Imperio (Brasil Filatelico/RJ, 1934–1935; reimpressão SPP 1994–1999) que havia uma agência dos correios lá desde dezembro de 1844. Na Tabella das Agencias do Correio do Império (Rio de Janeiro, 1885), por outro lado, é mencionado o ano de 1848, o que, no entanto, deve corresponder mais a uma nomeação de agente, já que a agência ainda era mencionada na imprensa regional em dezembro de 1847.

O carimbo postal mais antigo até agora é o atraente MSE-0115a, aqui em um lindo exemplar (fig. Marcio Duarte):

MSE-0115a (MDu) 1844 ff

Após a elevação para cidade, o agente tratou de remover a palavra VILLA do carimbo, como mostra a ilustração (Coleção Fuad Ferreira Fo.):

1854ff (FF)

Seguiu-se o tipo francês MSE-0115b, aqui em uma ilustração de Cicero A. Almeida em Carimbos Postais – Século XIX (Rio de Janeiro, 1989). Observe a grafia “MAROIN”:

MSE-0115b (MPT 394)

Depois veio o círculo duplo MSE-0115c (fig. da Internet):

MSE-0115c (EB) 1879-1904