mais precisamente em Povalikhino, um aglomerado de 29 vilarejos entre florestas e pântanos a uns 500 km ao leste de Moscou, o prefeito Nicolai Loktiev tinha um problema. Ele precisava, há uns nove meses, de um adversário para concorrer à reeleição. Que para ele, um policial aposentado, do mesmo partido do que o presidente da Federação Russa, era apenas uma formalidade.
Segundo as leis do país, as eleições em todos os níveis precisam de pelo menos dois candidatos para serem consideradas legítimas. Mas nenhum dos seus conterrâneos queria concorrer contra Nicolai. Este, desesperado, apelou para um último recurso: perguntou à faxineira da prefeitura se ela poderia ser sua adversária.
Marina Udgodskaya, 36 anos, filha de uma camponesa e um tratorista, casada e com dois filhos, aceitou para não fazer desfeita a seu chefe. No dia da eleição, em 13 de setembro passado, Nicolai ganhou 48 votos, e Marina, 87.
Foto: Matthew Luxmoore (RFE/RL)
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