CHAPECÓ - XAPECÓ, Paraná (CPR-0045)
- Fabio Monteiro
- 4. Jan. 2024
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Estado do Paraná, 1896
Outros nomes: Campo de Palmas, Passo Bormann, Passo dos Indios
Em sua história relativamente curta, a localidade passou por muitos momentos turbulentos. Em alguns momentos, pertenceu à província de São Paulo, em outros, à província do Paraná, foi cortejada pela Argentina, estava localizada em uma região autônoma e além disso faz parte do estado de Santa Catarina há mais de um século.
A colonização começou por volta de 1839 como Povoação de Campo de Palmas, 560 quilômetros a oeste da futura capital Florianópolis, mas ainda parte da província de São Paulo. Em agosto de 1853, tornou-se uma colônia chamada Vila de Palmas, que então pertencia à província do Paraná. O território despertou a cobiça da Argentina, razão pela qual o Império brasileiro criou uma colônia militar chamada Xapecó em novembro de 1859. No entanto, ela só começou a funcionar em março de 1882, um sinal de distensão política.
Seguiram-se três mudanças de nome. A primeira, em agosto de 1917, como Município de Passo Bormann, já no estado de Sta. O tenente gaúcho de origem alemã José Bernardino Bormann (1844-1919) foi o primeiro diretor da colônia. Em abril de 1931, passou a se chamar Município de Passo dos Índios. Esse nome obviamente não foi bem recebido, pois em março de 1938 foi renomeado pela terceira vez para Chapecó, como é conhecido até hoje. Entre 1943 e 1946, Chapecó estava localizada no Território do Iguaçu, uma região autônoma criada por razões geopolíticas.
A turbulência histórica se reflete nos seus correios. Foram encontradas três datas de fundação para o correio local, mas sem carimbos postais. A primeira foi em junho de 1862, como escreve Nova Monteiro em Administrações e Agencias Postaes do Brasil Imperio (Brasil Filatelico/RJ, 1934-5; reimpressão SPP 1994-1999) e é confirmada pela imprensa do Rio:

Diario do Rio de Janeiro, 18/07/1862
Depois, novamente em 1864, como observa R. Koester (Carimbologia XI). E, finalmente, em junho de 1882, como também relatado por Koester e pela imprensa do Rio:

Jornal do Commercio/RJ, 27/06/1882
O único "carimbo postal" até o momento é um cancelamento manuscrito em um selo de D. Pedro de 1866, conforme mencionado por R. Koester - infelizmente sem ilustração.
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