Almanak Laemmert, 1892
Outros nomes: Porto da Limeira, Limeira do Itabapoana
Aqui temos outro lugar que já desapareceu do mapa. De acordo com pesquisas de R. Koester (Brasil Filatelico 124, 1959), Cachoeira da Limeira foi fundada por uma certa Dra. Maria Angelica de Abreu e Lima, uma fazendeira de Minas Gerais, que tinha sua propriedade às margens do Itabapoana, em frente à Cachoeira do Inferno no município de Campos, 350 km a nordeste da capital Rio de Janeiro. Desenvolveu-se um porto fluvial, o Porto da Limeira, que rapidamente se tornou próspero devido ao comércio.
O declínio econômico de Cachoeira da Limeira foi iniciado a partir de 1872 com a construção das linhas férreas da E.F. de Macaé e Campos e da E.F. de Carangola, que não previam uma estação ferroviária para a localidade, como escreve Paulo Novaes em agenciaspostais.com.br. Hoje, tudo o que resta da vila original são ruínas e algumas casas de pescadores. As cachoeiras também desapareceram porque uma represa foi construída a partir de 2007.
Conforme relata a imprensa carioca, havia uma agência postal no local desde março de 1864:
Diario do Rio de Janeiro, 12.03.1864
Ela foi fechada até 1884, pois não consta mais na Tabella das Agencias do Correio do Imperio (Rio de Janeiro, 1885). Dois carimbos locais e dois carimbos postais mudos restaram do período imperial. CRJ-0025a também existe em azul e foi divulgado por Paulo Ayres (Catálogo de Carimbos Brasil-Império, S. Paulo, 1937, 1942) sob o nº 1270:
CRJ-0025a (P.A. 1270) 1864-1878
CRJ-0025b é muito mais raro, pois esse carimbo aparentemente foi aplicado no envelope, mas não nos selos. O presente exemplar é de uma carta ilustrada na Carimbologia VII de Koester:
CRJ-0025b (RK) 1878-1880
Os dois carimbos mudos estão listados em Mute Cancellations of the Brazil Empire / Carimbos Mudos do Brasil Império (Brazil Philatelic Association, Rio de Janeiro, 2000) por James Dingler e Klerman W. Lopes sob os números 3121 e 3123:
BPA 3121, 3123
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